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Historia do Sabão

 

Quando se fala de sabão e saboaria sempre se começa com a história do sabão. A internet aloja dezenas destas história, como tudo começou. Algumas muito fantasiosas e outras que fazem sentido. Tudo remonta à milhares de anos atrás, a última que lí fala de 2800 a.C. na Mongólia! Coitado do Plinio, o Velho, na Roma antiga e a sua Naturalis Historia, se soubesse que tinha gente fazendo sabão a tão longo tempo.

O curioso é que a origem da palavra sabão e a data e as circunstâncias da sua descoberta não são conhecidas com precisão. Muitos estudiosos acreditam que a descoberta foi acidental e o nome é atribuido à uma lenda Romana. O fato é que a palavra sabão é semelhante em várias línguas: Sapone (italiano), Savon (francês), Seife (alemão), Saippua (finlândes), Szappan (húngaro).

Simmons e Appleton no livro clássico Soap Manufacture, de 1908 citam na introdução, que o uso do sabão poderia ser uma medida da civilização de uma nação. É claro que isso é uma afirmação do início do século 20 e revestida de uma dose de discriminação. O fator fundamental é a higiene pessoal. O sabão ajudou no processo de conscientização do bem estar pessoal através do ritual diário de higiene, do banho. O execpcional sabão de Aleppo, produzido na cidade de mesmo nome na Síria, feito de oliva e óleo de louro, tem história desde os anos 1100, era das cruzadas, o movimento paramilitar cristão. Como se desenvolveu e prosperou esta saboaria na cidade de Aleppo, que se manteve de geração a geração até os tempos atuais? Quem eram os clientes do sabão de Aleppo? Os cruzados eram os clientes. Sim, os cruzados, por mais de um século, na longa viagem da Europa para a Terra Santa, paravam em Aleppo para se lavar, para fazer a higiene usando o sabão de Aleppo, antes de seguir e entrar em Jerusalém.

Se dermos uma olhada  no estudo da higiene e bem estar dos seres humanos, vamos nos deparar com três palavras que são representativas das dimensões históricas da evolução. Limpeza, pureza e higiene,  empilhadas umas sobre as outras contam a história da evolução, deste os ancestrais da era Neolítica que já adoravam a boa aparência, a ordem e a beleza,  até os tempos recentes.  O primeiro extrato, a base,  que é a limpeza, constitui o que é o lado humano e animal de todos nós, é o instinto associado até à sobrevivência. Pureza constitui algo que foi feito, fabricado pelo homem desde os tempos remotos, como uma psicologia que produziu certas religiões refinadas ou sobrenatural, ideologias de divina perfeição que foram impostos à  nossa natureza animal e ao mundo material. Higiene deriva dos Gregos clássicos para caracterizar o bem estar humano no intuito de  preservar e prolongar a vida.
Um único produto alinhado e associado intimamente com limpeza, pureza e higiene, é o sabão. Como diz o mestre Marcus Siviero – “o sabão nosso de cada dia”.

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